Translate

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ossos


No teto de sonhos
Sob o jardim de estrelas 
Estrelas flutuantes 
Sem hastes nem espinhos.
Com toda a metafísica dos Deuses mortos
Embutidos em mim.
Aspiro aqui o futuro
E sobrevém o céu
E advém o inferno.
Induzo-lhes indiferente e reluzente
Triste como o tormento dos mortos (no dia de minha morte).
O crepitar dos ossos em chamas
Para sempre ecoando do futuro
Onde sobre a terra tremem-se tumbas
(AH!! Como amo a paz deste sítio).
O povo enterrado como raízes de árvores 
- Que os anjos vos ouvem os sonhos - 
A morte vos protege das chances do erro
E neste jardim mórbido
Com ossos e almas como raízes
Que me seguram a alma pelos pés
E a vida não consente meu viver;
Sob o peso das decepções
Que seus nomes ecoam infinitamente
Se eles sentem,
Se eles sonham,
Se eles ouvem,
Se eles vivem
Que importa?
A terra sobre os mortos,
Que impões ordem a estes murmurantes,
da vida esgota-se 
Enquanto eu vivo apartado no passado
Com um olhar engasgado; 
No teto de sonhos
Sob o jardim de estrelas 
Estrelas flutuantes e cansadas
Sem hastes nem espinhos
No teto de um sonho
Seus nomes ecoam no infinito










Nenhum comentário:

Postar um comentário