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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O Vazio

Eu estive presente em todos os momentos, em todos aqueles momentos que eu quis ou nunca quis estar, aprendendo da maneira mais dolorosa o que se pode ser quando se é o nada, mas aquele vazio era só um vazio, e não se pode saber o que nele contem porque esta realmente vazio, e no vazio só sabe o que se tem  se você realmente o sente, mas como sentir algo que não existe, esta vazio, não tem conteúdo algum o que seria este vazio alem dele mesmo inexistente no que existe aqui, se estamos cheio de vazio nele alguma coisa tem, então enfim não estamos vazios o vazio não esta vazio, se nos sentimos cheio dele isso quer dizer que não estamos, então a palavra deixa de perder o sentido ou automaticamente formam-se outros e acabamos ficando cheios e nem sabemos do que só sentimos. Quando acordei hoje tentei levantar, abrir a janela, a porta mas algo me prendia me sufocava e não era nada de tão vazio eu estava cheio , bem cheio e completamente sufocado por uma força externa que me invadia como se fosse um raio de escuridão amargo e latejante, meus olhos não enxergavam nada mas eu via realmente tudo e só percebi que eu estava acordado depois de alguns sinceros minutos de extrema agonia e paralisação mental e física, totalmente inutilizado por alguns minutos um vegetal sem vida, só que vivo, o que tinha até agora nem sei como explicar  era algo como um vírus, acho que posso chama-lo de algo como a multiplicação da saudade algo que eu nunca pude controlar e foi bem por ai que me perdi varias vezes nessa vida, se eu pudesse acreditar menos no mais talvez eu seria menos atingido pelo meu inconsciente que insiste em dar um de fabrica de saudades e extremas ansiedades astronômicas e agonizantes eu somente desejava levantar e ver a luz do dia que por minutos não era mais dia era simplismente um nada, acho que morri naqueles eternos minutos mesmo sem  ainda saber como a morte é, foi um desligamento total de qualquer forma de vida que um dia meus sentidos ousaram conhecer, eu enfim fui verdadeiramente um nada, o que seria isso que nos paralisa nos bloqueia e insistimos chamar de saudade será que ela dói mesmo? Dizem que existem vários tipos, pelo menos pra mim existe só um, sendo ela do que foi vivido ou não, saudade é saudade não importa do que nem de quem, mas é algo inexplicavel quando ela te paralisa a ponto de não conseguir praticar o simples ritual de levantar-se da cama e simplismente sentir que exista vida aqui dentro ou la em qualquer outro lugar do universo, mas também algo contraditório, sentir algo estando desligado será que por alguma vaga lembrança eu havia sonhado com isso ou foi real, foi assim e que assim seja e que venham e venham mais e mais saudades, sendo assim pelo menos sinto que ainda vivo mesmo morrendo em alguns instantes!

Livres de Culpa!

E naquele momento fomos um e eramos o que queríamos ser e como tinha que ter acontecido foi e o futuro ainda virá. E os olhares, sentidos e corpos multiplicavam-se entre os desejos, a calma e a sede de fome que confundiu. Nós nos armamos e atiramos uns contra os outros em bolhas de desejos cada um procura uma resposta que no fundo já sabemos, do amor vem o que surge se forma foi feito e o desejo daquilo que foi sempre existiu após um tempo, na cabeça no inconsciente e nos olhos de cada um de nós, ninguém deve arrepender-se nem procurar pelo culpado, nem evitar, nem fugir ou fingir, só amar o que cada um é, e agradecer pelo que aconteceu pois foi a mais pura, a mais pura prova de amor, amizade e cumplicidade para com nós mesmos alem do consentimento mutuo que tínhamos todos naquele momento que de certa forma deveria desde o inicio acabar com a culpa e formulação de questões posteriores, amamos a nós mesmos e a cada um de nós com todas as nossas forças, não eramos estranhos não fomos e nunca seremos estávamos entrelaçados em partes iguais de um único objetivo um objetivo alem só do que o do prazer, pensávamos em cada um de nós e foi belo, cada movimento, gesto e palavras sussurradas entre cada perfume exalado e respirado, precisamos ver a beleza do que foi antes de procurar pelas respostas, apontar culpados arrepender-se ou qualquer outro sentimento que foge da lembrança recente do que foi e do que pode ser ou até deixar de ser, estava falando de desejo mas não era só, acho essa a palavra mais fácil para descrever o que em palavras não conseguimos expressar, mas ainda dentro procuramos respostas formulamos questões e nos apavoramos em pensar como sera daqui pra frente, ou não, talvez o nunca mais ou o medo de querer mais ou de como seria o fim e até o medo de se perder no que é sentir e acabar dando volta sempre em triângulos, tentamos enxergar da maneira mais fácil possível para não nos sentirmos culpados por sentir esse medo essa duvida do que virá depois, mas culpar-se do que? Não foi o que queríamos? Talvez com um final um pouco a desejar, catastrófico, só desejo que sejamos sempre o que fomos um para o outro mas agora com uma cumplicidade maior, pois podemos esconder o que sentimos uns dos outros mas não de nós mesmos o desejo futuro ou o desejo do passado não importa o tempo nem a ordem, não precisamos ter medo nem odiarmos a nós mesmos muito menos uns aos outros por isso, precisamos enxergar da melhor maneira esquecendo o nunca mais e as duvidas de um futuro que nem sabemos como sera, esquecendo de vez  as duvidas e os medos, e o futuro viveremos o que tiver que ser, não eramos estranhos? Melhor assim mais fácil assim, de entender o que é que gostamos um no outro e o que gostamos em cada um de nós mesmos e desaprovar algo que faz e fez parte de nós não é a melhor opção no momento nem a única, o que faz parte de nós sempre existira por mais que tentamos esconder de nós mesmos, o cérebro diz que estamos recebendo dor pra não nos esquecermos do que nos foi ensinado pelo mundo somos humanos e enfim nada perfeitos, todos nos condenariam, então porque condenar também, a nós mesmos e uns aos outros? Se foi o que queríamos devemos agradecer por ter sido contemplados pela sorte de poder ser, ter o que desejamos um dia no nosso mais profundo intimo. Enfim, espero que nosso mundo nunca desabe somente por cumprimos parte do que verdadeiramente fomos, somos e sempre seremos um para o outro!