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domingo, 10 de novembro de 2019

Sobre o medo que eu tenho de te perder.
Sim eu tenho um medo imenso de te perder
Não sei qual é o mundo que nos espera assim que você deixar este quarto e passar pelo corredor.
Não sei o que o tempo fará com as palavras doces que você me diz
Eu já vi isso antes
Eu deixei os amores irem embora, pois acreditei quando eles disseram que voltariam
Fique aqui, fique um pouco mais, fique por mais 5 minutos ou até o meu ducentésimo aniversário
O mundo é cruel com aqueles que se amam, pois tudo se torna um motivo para uma saudade imensa e quando você sair da minha vida a dor será imensa.
Acredite, eu sei.
Eu sou um desastre, pego pequenos feixes de luz e guardo no meu peito, sei que é uma batalha perdida, mas o meu espírito Quixotesco faz com que eu lute contra o tempo
Quero segurar os ponteiros do relógio até não ter mais força nas mãos, tudo para evitar que este momento não passe, felicidades simples são raras e com frequência perdemos o momento.
Fique aqui, fique um pouco mais, não deixe que o seu cheiro fique apenas nos meus lençóis e torturem a minha memória.
Vamos ignorar o sol que já se mostra de uma forma exibicionista lá fora, fique aqui e deixe eu te contar histórias dos futuros.
Você tem que ir, todos estão sempre indo e de uma maneira estranha eu fico, eu sempre fico, como uma árvore aprisionada em suas próprias raízes.
Venha meu amor,
Venha comigo, mas venha devagar.
Na noite deslizemos, para não acordar as estrelas.
Conheçamos companheiros, os mistérios mais profundos,
de Deus tornado homem e mulher.
Eu te dispo. Tu me despes.
E nossa nueza crua, assim tão nua,
brilha mais do que a lua.
Venha meu amor; devagar bebamos a doçura
que dos olhos este momento mágico exala.
Eu te quero e tu me queres,
mas, não nos movamos,que assim,
tornados estátuas, perpetuamos segredos,
que continuam no gesto de minha mão
que agora toca ao rosto teu.
Rola na tua face, lágrima solitária,
teus olhos me brindam, brotando emoção.
Tremem os meus lábios,
que a sorvem, sem no teu rosto tocar.
Venha meu amor; que a morte não te assuste.
Morramos para tudo neste momento final.
A tua mão com timidez, ao meu corpo toca,
deslizando docemente, tu falas ao meu coração:
_ Sim, contigo eu vou, amor meu,
da morte não tenho medo
que morrer neste instante é sublimidade da paixão.
E o teu corpo ao meu se cola.
Perdidos estão os contornos,
não sabemos mais quem somos,
Não sabemos, tu e eu.
E o teu corpo assim tão próximo,
o teu seio tão macio, o teu colo,
teus cabelos e o perfume que exalam,
tudo fala e tudo cala.
Outra vez quedamos imóveis.
Fechas teus olhos.
Fecho os meus.
E nos abismos do ser em serenidade mergulhamos.
Tudo é paz. Tudo é silêncio. Tudo é só verdade.
Assim, as almas libertas, em proximidade tão distante
voam, voam pelo céus,
e nem percebem a fusão que aconteceu.
Não sei mais da minha carne e nem tu sabes da tua.
Não sei mais do meu ser e tu não sabes do teu.
E assim mantidos imóveis perdidos
num tempo que não passa,
descobrimos a eternidade:
Tu me sabes e eu te sei!
Nada é o que nos resta
O milagre acontceu.
Quando dois corações se encontram...

Quando dois corações se encontram pulsam no mesmo ritmo... Quando duas almas se encontram e se reconhecem... O tempo é mera ilusão... E todo o sofrimento é um pequenino espinho no caminho...
A Saudade... A tristeza... A falta que você me faz...

Mas as alegrias simples... Como falar com você, mesmo pela internet ou telefone... Basta Falar, um oi, tudo bem? Transbordam do cálice os pequenos gestos de carinho... Que você tem para comigo movimentando turbilhões de sentimentos elevados... Que sobe as esferas mais elevadas dos céus emocionando ate os anjos do céu.

Porém... Esse momento ou encontro pode durar um segundo, um mês ou mil anos, mas será eterno em meu coração... Você me faz um bem tão intenso, que você nem imagina... Que se multiplicando por milhões, funde ao amor do Pai Celestial, objetivo dos objetivos.

Esse momento ou esse encontro pode se dar por um olhar, por carta, por telefone, pessoalmente, virtualmente e até telepaticamente... Acho (não) tenho certeza que é o que acontece com nos dois (pelo menos comigo), te amo telepaticamente, Te amo virtualmente, Te amo do fundo de minha alma. Sinto sua falta... Você nem faz ideia....

Mas o que importa, são suas ações... Seus pensamentos.... Suas palavras carinhosas... Ficarão eternamente guardadas em minha alma... Como as ondas sonoras do rádio a viajar pelo espaço infinito... Semeando... semeando... Amor... Amor... Paixão... Paixão... Saudades... Saudades... Tristezas... Tristezas... Por estar longe de você...

É uma grande felicidade você ter entrado em minha vida... Não interessa como! Você hoje faz parte da minha vida material e espiritual... Estou feliz da vida por você existir meu amorzinho do fundo do meu coração e da minha alma...

Nestes dias pensei muito em você... Queria você ao meu lado... Seus beijos... Mas nessa vida será impossível... Mas quem sabe na próxima ou quem sabe... Nesta... Não sei... Sei de uma coisa senti muita saudade... Queria falar pelo menos um oi... Já bastava, um simples oi...

Adoro-te. Adoro-te. Eternamente... Não me pergunte por quê! E nem como! Pois não sei! Só sei que te gosto muuuuiiiiitttttooooo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Eu Parei de comer peixe, dizem... Eles nadarão no teu estômago


Eu estava la escrevendo quando puf, perdi o texto dentro da tua cabeça, o enredo era simples, nada demais.
Mas foi bem ruim dar aquele clique e perder tudo, é muito ruim quando o telefone toca na hora errada, e o pior de tudo aquela ligação indesejável.
Até que choveu bastante no meu bolso, o complicado é esquecer que as vezes a chuva molha tanto quanto o sangue, foi inesquecível dividir todos aqueles queijos com você, complicado ficou quando o vinho acabou.
Tem um lago aqui que fala todos os dias comigo, não consigo ouvi-lo muito bem pois tiraram todos os espelhos da casa por isso só consigo ver minha imagem refletida quando olho para você, não é tão mal assim, talvez 800 ou 950 km de distância nem seja tão longe assim quando se tem alguma inspiração papel e caneta, é até que esses monólogos não são tão chatos.
Tiraram todas as minhas canetas mas tenho um tubinho verde com o qual escrevi uma carta para você pela manha, não sei se vai ler pois não me lembro ao certo o que escrevi, nem sempre costumo ler o que escrevo, prefiro ler as palavras quando elas não existem, pois dizer nada as vezes é melhor que dizer tudo, nada se compara ao silêncio de um grito.
Lembrei das parreiras de uvas e das conversas intermináveis com meu avo quando eu era criança olhando para toda esta natureza a nossa volta, não sei ao certo onde está, mas que não está aqui eu tenho certeza, a não ser pelo teu nome repetindo na minha cabeça durante horas e horas todos os dias, finalmente eu consegui fazer o menos provável no momento mais inoportuno.
Oportunismo, lembro de ter estudado sobre isso também , naquela escola que nunca fui, sempre me disseram para eu não comer peixe vivo pois não fazia muito bem e que eles nadariam no meu estômago até fazer aquelas bolinhas que eles fazem na água, nunca entendi muito bem isso, mas tranquilo, nem gosto tanto assim de peixe.



Fernando dos Anjos


Vida obscura
Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
Ó ser humilde entre os humildes seres.
Embriagado, tonto dos prazeres,
O mundo para ti foi negro e duro.

Atravessaste num silêncio escuro
A vida presa a trágicos deveres
E chegaste ao saber de altos saberes
Tornando-te mais simples e mais puro.

Ninguém Te viu o sentimento inquieto,
Magoado, oculto e aterrador, secreto,
Que o coração te apunhalou no mundo.

Mas eu que sempre te segui os passos
Sei que cruz infernal prendeu-te os braços
E o teu suspiro como foi profundo!


Não abro a alma pois não me caibo mais dentro dela.




Quero a chance esfriando na mesa do café da manha
Escrevendo no prontuário do meu psiquiatra predileto
Escuto os loucos la fora me chamarem de Deus
Tive um tempo para me esquecer.
Nada ficou calado na minha cabeça
Sempre aquelas vozes
Sempre aquelas imagens
Eu tentando andar com tuas pernas.
Escrevo na minha pele
Escrevo nas folhas
Escrevo nas asas dos pássaros
Escrevo no lago a minha frente.
Escrevo sem escrever
Escrevo por escrever
Não escrevo palavras
As palavras é que me escrevem.
Me esquecem por eu me aquecer demais
Leio livros em branco
Dentro da sua cabeça
Faço musicas mudas no caule das pedras.
Eu reconheço uma voz sem ouvi-la
As crianças sobem em mim
Sem saber porque morrem
Escuto uma alma.
Antes do ontem
Eu era eu
Prefiro ser outros
Prefiro ser todos.
Minha felicidade não tem preço, tem seu nome.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Mendigo



Enfim, detestável memoria dilacerada ao acaso, como uma fagulha incendiada uma vespa engole meu peito, vejo cada linha no horizonte emancipar-me os olhos que sangram pela metade e da outra metade quase cega pus e bigatos.
Devolvo cada fio de cabelo a terra que me come, meus dentes corroídos autoflagelam minha carne que derrete dentro do sol, qualquer lugar que a lua coube um dia, já não é mais lugar, então nos faço criminosos onde a honradez somente exaspera-me.
Levo comigo daqui, demasiados goles de espinhos e gotas de minhas secreções nasais, rio invisível com lamentos distintos, distintivos enferrujados e insignias magoadas, coloco-me em posição fetal e deflagro sinceros pensamentos acolhidos sobre a manjedoura, em meu crânio povos incandescentes e florescentes em luzes vazias se desesperam, nada mais me desperta, pois entre todos neste mundo fui eleito como capitão da desgraça e da morte.
Maligno enfim o dia em que voltei a terra em corpo de besta maculada, salvo pelos demônios que nunca souberam de minha existência, sim fizeram-me pai, filho, mulher e menino, comeram meu corpo e beberam meu sangue inúmeras vezes, pedi para ser banido daquele lugar, onde nada era quente, nada era frio, eu enfim um anjo domesticado, sangrando espirito.
Não ignoro o culto em que se cultuam as fantasias de todos os meus cadáveres multifacetados em espelhos etéreos o enternecimento para o crucificado na hora em que me masturbavam com o crucifixo em brasa, minhas únicas lembranças deste dia além da pele derretendo, foram as palavras de misericórdia que não me disseram, desfaleci em vida engoli o óbito para poder voltar a terra.
As asas, me roubaram, me jogaram la do alto...
Enfim fui Deus por um dia, matei e como matei, cada um de meus irmãos da forma mais dolorosa possível, eu vi todos sangrarem e apodrecerem em segundos frente aos meus olhos doentios, sim, roubei cada alma e guardeia-as dentro de mim, longe dos pássaros eu pude voar, sem asas eu pude, mas enfraquecido pelo teor de minhas desvalias cai de uma só vez.
Eu não valia nada, exatamente nada, talvez o nada tivesse mais valor que minha alma naqueles sinceros momentos de escuridão, nada e nada, pedi a minha querida que me trouxesse cálices de fogo e fragmentos dos meus eus despedaçados por ali, sabe, ai bem ao lado dos teus pés.
Calma, Pare!
Por favor, não pise nos meus olhos, meus sonhos sujos ainda estão ao nosso lado, do verbo maldito guardei a cura, para enfim, no fim de tudo dizer somente..