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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dela


Digno de um sonho impuro
Tomou um calíce das próprias lagrimas
Lagrimas que não eram dele eram do outro
Do olhar mais sincero esperei todo o meu tempo
Por cada minuto perdido do seu sorriso
Chorou sem derramar uma única lagrima
Afastou-se do outro
Abraçando toda nossa dor
E a todo instante que lembrava do meu pedaço de carne e sentimento
Ele fugia para longe onde nem eu mesmo o podia encontrar
Então ele tremia como eu nunca havia sentido antes
Encontrado em meio a um terremoto passional pulou no mar
Um mar que nunca tinha visto antes
Mas já conhecia bem a fundo
Um mar de sangue, dor e luxuria
Ela sentiu-se no direito
Um direito que ele havia roubado, castrado
E os olhares se afogaram em confusão e medo
Não era nada daquilo, não precisava ser
Não encontrou mais um coração dentro dele
Ladrão de mil almas tuas
Então olhou para todas aquelas fotografias
Se esqueceu no fundo de um quarto
Onde nem o mais puro dos sentimentos podia acha-lo
Não abriu a porta lacrou as janelas
Perdeu-se no fundo daquilo que não era dele
Mas sem nenhum esforço como que de costume
Em um instante de lagrimas e poesia
Encontrou-se no fundo daquilo que era teu
Mas também era dela, nosso e delas
Mesmo assim no final de cada gota de pensamento
Ainda continuou a nos procurar



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