Eu que me
despedacei, sempre que pude
Entre os
horrores terrestres
E nas
faces imundas de sal
Carrego
meus ossos agora com orgulho.
Não pude
me surpreender com tamanha fraqueza
Que em
certos dias me assombrou
Sim! Nada
como sempre.
Em cada
fagulha dispersa, e o fogo cessou!
Não
estive calado, muito menos falei algo
Em cada
doença terminal se cumpriu em mim
A única
cura possível, passível e passional
Na falha
em que me alimentei, renasci.
Em cada
sombra perpetuava-se o amor
E na penumbra
dos meus sentimentos mais puros
Não segui
exatamente o cronograma do destino
Desatino
em desafios na calada da noite em que parti.
Cheguei a
pensar, que eu não podia mais pensar
Mas,
estive distraído demais para sequer ser eu mesmo
Em uma
súbita, dormência quase que fatal dos sentidos
Perdurei
e subtrai as paisagens que me faltavam.
Adicionando
a mim doses excessivas do que realmente sou
Relembrei
os minutos passados em que eu não pude atravessar
Aqueles
mares e oceanos que me afligiam
Bebi o
doce mel do descaso, no casco do navio afundado.
Eu
naveguei sem forças pedindo forças ao acaso
Dando
voltas na ilha em que te encontrei
Eu sempre
soube desde o fim
Que o
inicio seria assim.
Sempre,
na magnitude das almas que se cumprem
Nos abraços
e amores que nos salvam
A
perseverança que nunca pedi a mim foi dada
Nos teus
beijos em que minha alma se perdeu, encontrei.
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