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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

As águas



As águas se movem
Na dança da vida,
Onde a vida se esconde
Na procura da alma.

As água se movem
Escondidas na lama,
Das casas perdidas,
Na procura da vida.

As águas não molham,
Se secam e choram,
Perdidas no espaço,
Em que não cabem, transbordam.

As águas socorrem,
As águias que morrem,
Na fertilidade do desespero,
Na virgindade do desejo.

As águas se explicam,
Nos convencem,
Reivindicam,
Na brutalidade, da tempestade.

Ás águas que bebo
Não matam a sede,
Não molham não secam
Não vivem, não morrem.

As águas me bebem,
Me sufocam, me afoga,
Na simplicidade
Da transparência, em que vivo e morro.

As águas levam,
As águas trazem,
No decorrer da vida,
No espaço da carne.

As águas esperam,
Descem e se escondem,
Na perseverança do acaso,
Na certeza do escarro.

As águas nascem
As águas não morrem
Águas e águias
Algas e águas


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