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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Paraiso

A morte perdeu suas lágrimas
Com nossas filhas adormecendo na lama
Glorioso destino ausente
Para fora das portas das cabanas de vidro
Lá, por onde retiraram nossos olhos
Nos colocando em frente as portas do paraíso.

Nos buscam através dos muros
Nos dão um rótulo e um numero de série,
Cravam es nossas gargantas...

Todos nos dizem sempre o que não deve ser dito
Colocam fogo em tua família
Queimamos todos juntos
Como esqueletos feitos em espelhos.

Sem voz, você corre
Cego de alma
Com os olhos quebrados
Nos fazem nos calar.

Aceito a condenação.
Adormecendo no banco dos condenados
A mente me faz réu
A dor é meu juiz
A vida nossa culpa.

O amor morre junto aos corpos quebrados
A noite o elixir dos rastros
Difundido em espaços escassos
Contornos os sonhos
Esquecidos em ausência.

Na cura para dor?
A morte, partindo para o infinito


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