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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Nada de Mais (Comum)

O mais imortal dos seres humanos
Caiu na febre de ser Deus,
Desnudo e castrado envelheceu
Sem ter perdido sequer, qualquer chance de golpear-me.

Estremecendo a carcaça clara alimentou os jovens
Em tempos dispersos saudando um passado inebriado,
Na neve de teu calor etéreo
Eternamente apodreceu.

Simplificou os gestos cansados de um sonho morto
Atraindo ovelhas para um rebanho de zumbis
Odiosos e alienados seguiam seus passos
Sem saber nada sobre o cheiro do ar.

Bebiam da água envenenada como lobos sedentos
Caindo no lodo da mesmice aguda,
Choravam sorrisos sem desanimar um segundo
Contando as horas nos anos que estiveram ausentes.

Ninguém soube a verdadeira estória sobre aquele templo,
Que de tanto cair levantava-se através das mentiras já póstumas
Manipulando a desordem nos corações de burgueses insólitos
Estudava partes das mentes juvenis para reconstruir os dentes perdidos.

Alguém soube do que se tratava?
Ninguém perde a cura se em fúria adoecer,
Na paz da guerra visitava o eu estrangulado
No tempo em que foi discípulo de Nosferatu.

Para o Deus do vinho e da carne se fez a gloria,
Espessa e transviada no termo que esconde,
Da vida amargurada azedando o leite perdendo a mandíbula,
Que em lunáticos pensamentos controlava-se em descontrole.

Descomunal era o ébrio que calava a vida do outro
Infeliz era o ego que destruía qualquer chance do oposto
Convencional era a maneira que configurava cada passo amigo
Elaborando o mal do próximo passou de fase perdeu o jogo.

Calando assim seu bonequinho de estimação,
Vudu jurássico que de tento defecar nas fraldas
Das retóricas nas sombras das mentes inertes,
Transformou-se apenas, num criador de assaduras anais.



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