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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Demônios de Deus

Ali estou presente, acima e abaixo,
Literalmente coordenando o braile no peito
Seguindo a transfusão desorientada,
Retiro o cateter da alma.

Atravesso a pele do pescoço
Na altura do pênis, ereto e impotente,
Retro cardinal, cardeal ou puta,
Monges falidos ou velhos babões?

Engolindo o cadáver de minha freira prostituta,
Introduzo-me no teu espirito enlameado
Infeccionando o ego marginal, oriental,
Rasgo a ferida diferindo-me da pauta em assembleia.

Ali estamos, em cima do morro
Resgato os projeteis introduzidos em meu corpo
Pelos padres estupradores de almas infiéis,
Tocadores de harpas contemporâneos e veteranos de guerra.

Rabiscando nos hologramas da indiferença
Faço-me igualmente o menos puto dos putos,
Pois sangras em agonia adolescente envaidecida,
Sendo assim canonizando os dinossauros.

Vendendo partes das minhas surpresas para os demônios de deus
Sacrifico então todas as ovelhas ordenadoras de pastores
Seguro-te então, e do vicio abandonado
Abrando a pureza do destino de meu hospício interno.

Inferno! Porque clamas um termo no termino do terço,
Explique a oração na abertura, ali abaixo da pele,
Enrolando os cabelos em volta do intestino
Retiro os rins e reitero a afirmação.

Céus! Que branda chama derrete no peito dos homens?
Que da bondade só viram a morte,
E na maldade fizeram lei eterna, pura, suja e viva,
Entorpecendo a linha ténue da castração humana.

Alieno-me envolto em catedrais de lixo dolente,
Aspirando partes de minha revolução áspera
Entorno o cálice de sangue na boca petrificada
Fazendo das lagrimas dilaceradas a cura para a vitória.

Parte do ego cego infinitamente diluído
Divido, respiro menos que enxergo,
Calo-me mais do falo, cego, castro,
Desapareço, em braile o asco.






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