Procrastinaram então os deuses cansados,
Alimentaram-se
da minha alma doente,
Engoli
minha pele podre e dei a ti minha lepra condescendente.
Imaginei
todos ali em um velatório, mais digno, da indigna vida e culpa
Então dando a todos o prazer da morte,
A família
que negou foi o terço de tua sincera partida,
O amor
que deu ao clero, foi negado a parte mais bela do negro sonho.
Abençoei
todas as cores no futuro de um desespero,
Diferentes
cores e diferentes volumes de alienação,
Era só
mais um delírio verdadeiro,
Minha
calma em desejo de ausência.
Era mais do que o esperado ao assistirem a tumba cheia,
O tumulo,
as flores cansadas e mortas,
E as
lagrimas da mentira, iluminavam a partida
Era uma
noite de domingo,
Talvez
segunda, um dia incerto.
Assim o vi morto e todos em volta,
Sorriam
ao ver-lhe em partida eterna,
Aqueles
que cansaram, diziam ama-lo em ódio,
Diluindo os sentidos, demônios bailavam dentro de cada um dos que ficaram.
Alianças
enferrujadas apodreciam nos dedos,
Amputações
genuínas, inquilinas da derrota,
Fracasso
era só uma palavra sem letras,
Ao
decorrer do banco caindo, a corda acariciava o pescoço.
Entre
cada doença e outra a cura desvalida era somente o descaso,
Alastrou-se, atrofiado alarde entre todos que não diziam sim as teclas apagadas
Trasfusionando
o virtual na mentira mais do que real.
Sulfato
de potássio e bactérias alucinogenas,
Surdorose,
vasodilatação, calafrios, erupções,
Síndromes
eletro alérgicas, serotonérgica,
Sonhos
psicóticos e sentimentos desconexos.
Todo o
objetivo da realidade ali ficou,
Dentro e
fora auspicio, na corda ao caibro,
O banco
não tinha, o tanque a torneira ligada
Da
cadeira aos pés sem formas.
Ali caiu
o indigno, imoral o puto vadio,
Que morra
este verme ouvi alguém sussurrar em minha alma
Que ainda
viva vomitou nas fezes de outros,
Foi tarde
a bactéria descartável que bailou em alegria mórbida enquanto pode.
Deus
morreu tarde, alguém acreditou?
Sim em duvida
putrificada...
Alguém
existiu em desistência,
Desisti
primeiro, da vida e da morte em eternidade, canibalismo e sacrifício.
Para a
partida nenhum cigarro ou culpa, sem fogo ou água
Alccool e spray anti moscas, encontraram no vazio de
sua alma
Abandonado
em podridão de Deus se fez o Demônio,
Da vida a
morte, da dor a cura, partiu assim, sem medo, o que restou dele?
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