Ainda sinto o gosto da derrota daquele último
gole
Fui um
artista do infinito
Sequestrei
a maldita poesia
Vindo do
caos interno
Bebo a
amargura dos ausentes
Cavo em
um espelho minha alma perdida
Já recebi
meu ultimo pagamento em divida
A única
ausência, foi a presença recriada
Engula
pra ter o tempo em que não tem tempo
Esqueça o
tudo ao todo em paz negra
Durma
nesse sangue, vida é morte
Canções
não mentem como nós
Para o
ultimo delírio da cólera passageira
Escrevo
meu tumor no teu peito
Um gole
de tinta e vinho nas veias do morto
Caminhe
para o sol apagado
Escureça
sua única vida
Consuma o
segredo, doando o pescoço para o algoz
Vista a
mascara, mate sua família
Andando
com os cães nas ruas desertas
Comendo o
lixo abaixo dos teus pés
Amassei
meus olhos e foi só mais uma queda
Sim, meu
cérebro é aquele
Aquela
coisa ali no chão
Cavo,
cavo, cavo
Encontro
a raiz, mastigando a equação
Eu nem me
conhecia...
Esqueço,
esqueço, esqueço
Eu lembro
Fujo,
fujo, fujo
Não
encontro
Tenho
tuas vidas como minhas
Abençoe a
morte do egoísta
Se pra
ter paz, dar paz
Morte é
solução, estive disposto
Tenho
tudo que não tenho
E tudo
que tenho só eu tenho
Enfim,
tenho nada, tenho tudo
Tento tudo pra acabar em nada.
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