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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Fim



Rastejei pra casa que não era minha
Carregando um fardo de desilusão
A poesia da manha era simplesmente nada simples
Meus ouvidos sussurravam tua voz
A voz que não era minha, talvez dele, dela ou delas
Meu único algoz o dono da culpa, aquele cheiro, aquele desejo
Te dei em palavras meu último caminho sem volta
Eu não via mais, não ouvia mais, não sentia mais
A chuva que caia, o detalhe o momento
E todas a dores e amores se foram
E toas as duvida e respostas vieram
Era o dia a noite uma escolha
Uma chance para o fim ou uma passagem para o inicio
Pra onde, eu não saberia, talvez se eu me desse essa chance
As condenações viriam a cair por terra
Para um único dia de vida, perdendo os anos em morte
E se eu não pudesse mais, acho que não posso mesmo
Acho que não devo mesmo, acho que eu deveria
No ultimo segundo, coragem não era mais meu nome
Era um desejo de não desejar mais nada, nem a morte
O fim de uma vida que não era minha
Eu havia roubado tudo de mim mesmo
Pra onde deveria ir toda essa culpa
Eu não me via mais no espelho
Não tinha mais sombra
Sempre fui todos aquele que vocês desejaram
Cansado, machucado demais pra seguir com isso
Pulando pra fora de tudo
Entrando para o vazio completo
O único lugar, a sala dos covardes
Do meu inicio fiz meu fim
Do meu fim teu recomeço


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