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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Forca


No agudo da culpa
Na paisagem negra da dor
Vi meu amor partindo
Engolindo as cinzas
Vendi meu caminho
Quebrei um espelho
Em vaidade infinita
Cansei uma culpa

Não era assim
Não foi assim
Eu menti, nós mentimos

Dizendo a verdade
Afogados em egoismo
Sussurro em braile
Esqueço a lingua dos sinais
Arranquei meus olhos
Te dei em mãos
Não eram meus
Não eram teus
Não eram de ninguém
Um erro certo
Um tiro no acaso
Um corpo, uma tumba
Um grito, um paraiso
Uma corda, uma duvida
Uma faca, um caminho
Uma bala, um sentido
Força, a forca

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