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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Entre o Sono

Enquanto eu tocava teu corpo, a vida me cobria de morte
Todas as línguas entrelaçadas em forma de serpente
O rei morto suspira em declínio, suplicas,
A noite os soldados jogam cartas
E bebem do próprio sangue.
Correndo todas as manhas seguintes para caçar os sonâmbulos.

As mulheres morrem todas as tardes antes do jantar
Agarram se a elas mesmas com com as unhas arranhadas
E os sonhos de tão enferrujados derramam as nuvens do céu
Abaixo dos pés.

Todos os anjos estão mortos
A juventude de tão cansada somente caminha
Pelas estradas do nada.

Eu nunca estive certo
E qualquer palavra esquecida
Não será, nunca lembrada por alguém
Nós nunca soubemos como dizer
Entre uma explicação
Em ruínas as lágrimas choram
Pela eternidade.

Toda juventude morreu
E os anjos de tão mortos, caminham,
Caminham sem pernas pelas florestas da noite.

Eles me fazem favores
Rasgam minha pele
Estivemos contaminados por anos
Por todo e qualquer tipo de beleza
E quando o frio da realidade nos tocava
Adormeciam então, os sonhos cansados.



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