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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ele e a Droga

Eu que tive uma alma sem controle
E não pude negar cada lagrima escarrada,
Eu que tive parte naquele crime
E não pude negar a complacência.

Eu que não tive segredos
Ou desejos ou pernas e braços
Eu que não tive frio,
E me droguei para não morrer de fome.


Eu que nunca olhei para os lados,
Eu que somente perdi a memoria,
Eu nunca tive um bule de café,
Algo em que eu pude acreditar para manter acordado.


Eu que mi vi completamente abarrotado,
Eu que somente nunca fui somente,
Chorei um tanto de tuas lagrimas,
Pois suspenso no ar sabotei algumas de tuas ideias.

Cada droga,
Cada gesto,
Cada sentimento,
Cada pensamento.

Eu que me vi completamente impotente
Caminhando entre as macumbas diária
Soturnamente apagando cada raio de sol
Que me foi destinado.

Minha sina era o sinal de meu próprio abandono,
Desobedecendo os ritos e pactos,
Não rezei a Deus
Clamei somente ao demônio nesta existência.

Desatinos químicos mal formulados
Trans figurando cada linha de pensamento confusa,
Realinhando toda e qualquer eficiência
Destruindo qualquer poder de decisão.

Não era medo,
Nunca foi,
Talvez era,
Sim, Talvez era.











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