Ludibibriando
as nuvens no céu cinza
Vejo a
alma azul pular pela minha janela
Defronte
a esquina em estupida partida
Desloquei
os ossos para o infinito.
Despetalei flores sem pétalas,
Sem água, seca e negra
Sufocando a transfusão,
Apodreceu em minhas mão, entreguei-te ao fogo.
Despedindo-me
da alma sem cura
O
espectro salvador de minhas dores
Transmutou-me
em verme
Bactérias
extraídas da pele.
Lepra
definindo as partes que restaram
No
hospital sadio de almas
Os que
bailava em alegria
Mentiam
mais do que minha sanguinárias verdades.
Cada
culpa em que me invade
Invaso em
pedaços de papel
Noticias
de jornais antigas
E eventos
virtuais, sociais, anti-sociais.
Na
verdade dos que esperam o alimento na boca
Perdem-se
os dentes nas gengivas cortadas
O furo
que vejo na estória
A verdade
que em luta me esconde.
Sobressaindo um desatino
Para a
glória, o derrotado banha-se em merda,
Do que eu
acredito?
Nem um
pingo no i de cada letra perdida nas palavras não ditas.
Do amor
que enfia-me na alma como ferro em brasa,
Tatuando
em minha vida a ferro quente
Forje
escapa, e ri, feliz,
A morte
me darás, o presente.
Dizendo
em curtas palavras o que repetes,
Alguém
que o diz ou me diga,
Extraviando
a calma e a verdade,
A mentira
que sou é a merda que carrego em minha fralda.
Se diz o
que tenho é pureza,
Na Infiel
desgraça de minha culpa
Culpa-me
pelo "medo" então
Se
escapas em branda interna chaga.
Queimo o
peito e cravo os dentes,
Escuto
com calma o tormento,
Dolente a
doença me busca,
E vejo
teu sorriso me dizendo toda e qualquer palavra.
Em
minutos esquecidos onde desdobra-me
Espera o
tempo, premeditando a partida,
A minha?
Em morte
enferma, darei a nós!
Se me
contento com esta dor?
Em linhas
torpes entorpeço toda e qualquer verdade,
Engulo o
choro, pendurado ali na lamina de tua foice
Assim
vou, com a pureza que me deu, a morte chegara.
Antes do depois o começo,
Sem um fim...
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