Poesia é
luxo para os desavisados da vida
É escrita
para cegos odiada pelos poetas
Poesia é
vida morta
É morte
em vida
Uma
escrita sem sentido
Sinto
muito, muito poeta
Eu sinto
muito, muito
Alias sinceramente, não sinto
Nada!
Se não
sentes pena dos que não tiveram pena
Para os
que atravessam os dias tropeçando em letras
Desacreditados em palavras, sobrevoado por gestos mal escritos
Somente digo
É texto
sem texto
É letra
sem razão
Razão e
poder
Os que
perdem sangue
Transfusão
não agraciada
Para os
mares da noite
Em céus
iluminados apoderam-se de letras
Códigos e
números
Em que
almas se perdem se entristecem se esvaem
Poesia
que abandona
Poesia
que esquece
Poesia
que ama
Poesia
que odeia
Partindo
as nuvens desabando em mentes
Se
sinceras
Se mal
formuladas
Perdoe-me
poeta
Pela vida
escrita
Pela
calma torturante
Pela
ambiguidade mórbida
Perdoe-me
poeta, por odiar sua escrita teus sentimentos
Perdoe-me
poeta por ter que deixar-te aqui
Para uma
vida sem poesia
Para uma
poesia em vida
Adeus.
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