Translate

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Não abro a alma pois não me caibo mais dentro dela.




Quero a chance esfriando na mesa do café da manha
Escrevendo no prontuário do meu psiquiatra predileto
Escuto os loucos la fora me chamarem de Deus
Tive um tempo para me esquecer.
Nada ficou calado na minha cabeça
Sempre aquelas vozes
Sempre aquelas imagens
Eu tentando andar com tuas pernas.
Escrevo na minha pele
Escrevo nas folhas
Escrevo nas asas dos pássaros
Escrevo no lago a minha frente.
Escrevo sem escrever
Escrevo por escrever
Não escrevo palavras
As palavras é que me escrevem.
Me esquecem por eu me aquecer demais
Leio livros em branco
Dentro da sua cabeça
Faço musicas mudas no caule das pedras.
Eu reconheço uma voz sem ouvi-la
As crianças sobem em mim
Sem saber porque morrem
Escuto uma alma.
Antes do ontem
Eu era eu
Prefiro ser outros
Prefiro ser todos.
Minha felicidade não tem preço, tem seu nome.

Nenhum comentário:

Postar um comentário