Cansei
deste inferno quero ver pra onde vai o sangue
Abraçar a
cura dos mortos sem alma
Que nunca
encontram paz na morte em que vivem
Durma em
meus braços, toque minha podridão
Abençoe o
corpo leproso, lambendo ferida por ferida
Rasgue o
bom senso degolado em cada palavra seca de esperança
Cansei
deste inferno quero ver até onde vai o céu
Escurecer
o leito em que durmo acordando pra não mais voltar
A
Lobotomia diária me faz companhia
No avesso
da felicidade penduro minha carne pra secar
Canonizando
os ventos que desenham fraturas expostas em meus corpos
Amordaço
cada um deles, na minha vitrine de vidas desperdiçadas
Tranco,
esqueço a chave, deixo sem sangue, sem ração
Destinos
traçados pela vingança de um deus doente
Brigam entre
eles dentro de mim
Te trouxe uma doença
Ela não tem cura
Então eu dou o que tive de pior
Eles me pagam em palavras
Escrevem em minha mente com ferro em brasa
Era uma solução sem solução
Cansei deste caminho quero ver por onde a vida morre
Como apaga - la em um destino
Acendo um cigarro no outro
Vejo as nuvens escuras la fora
Não existe mais o que procurar
Eles me pegaram, arrancaram meus olhos
Cortaram meus braços e quebraram tuas pernas
O fogo não queimava o corpo
Fui atirado para longe
Para o único destino encontrado
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