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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Tua

Eu que me despedacei, sempre que pude
Entre os horrores terrestres
E nas faces imundas de sal
Carrego meus ossos agora com orgulho.

Não pude me surpreender com tamanha fraqueza
Que em certos dias me assombrou
Sim! Nada como sempre.
Em cada fagulha dispersa, e o fogo cessou!

Não estive calado, muito menos falei algo
Em cada doença terminal se cumpriu em mim
A única cura possível, passível e passional
Na falha em que me alimentei, renasci.

Em cada sombra perpetuava-se o amor
E na penumbra dos meus sentimentos mais puros
Não segui exatamente o cronograma do destino
Desatino em desafios na calada da noite em que parti.

Cheguei a pensar, que eu não podia mais pensar
Mas, estive distraído demais para sequer ser eu mesmo
Em uma súbita, dormência quase que fatal dos sentidos
Perdurei e subtrai as paisagens que me faltavam.

Adicionando a mim doses excessivas do que realmente sou
Relembrei os minutos passados em que eu não pude atravessar
Aqueles mares e oceanos que me afligiam
Bebi o doce mel do descaso, no casco do navio afundado.

Eu naveguei sem forças pedindo forças ao acaso
Dando voltas na ilha em que te encontrei
Eu sempre soube desde o fim
Que o inicio seria assim.

Sempre, na magnitude das almas que se cumprem
Nos abraços e amores que nos salvam
A perseverança que nunca pedi a mim foi dada

Nos teus beijos em que minha alma se perdeu, encontrei.

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